sábado, 4 de outubro de 2008

Será que vai?


Conversando com um amigo, acabei por me lembrar do dia em que tirei a minha carteira de habilitação para moto. O dia começou lindo, típico dia de inverno em Curitiba, céu de brigadeiro, um lindo dia daqueles que parece que tudo vai dar certo. O meu instrutor havia me dito para aparecer lá pelas onze horas na auto-escola para dar uma ultima volta de moto antes do teste. Até ai tudo ótimo, estava traquilão afinal o que mais reprova nesse exame é o nervosismo. Cheguei na auto-escola antes das onze, bati uma papo com o pessoal, tudo as mil maravilhas.

Papo vem papo vai e nada da moto que eu iria fazer o teste ficar pronta para eu poder dar uma volta nela, comecei a ficar meio apreensivo afinal o teste era às treze horas no DETRAN que fica meio afastado daquela região da cidade. Fui conversar com o instrutor e ele me acalmou, pois eu iria de carona com o cara que leva as motos para o teste na picape. Até que descobri que já tinha um mala que iria no lugar que era para ser meu. E o pior, o teste dele era só às três da tarde. Já fiquei indignado, meio nervosinho sabe como é, pavio curto. Quando era meio dia e meia consegui a moto para dar uma volta na pista, dei uma volta não errei nada. Mas isso não mudava o fato que eu

 tinha somente um pouco menos de trinta minutos para chegar ao local da prova e de ônibus. Corri para o terminal e lá estava ele, peguei-o por um triz. Consegui chegar no DETRAN em cima da hora, mas já estava um pouco nervoso. Ouvi a explicação do examinador e fui para fila de espera. De repente ele fala:
-Vou chamar aleatoriamente alguns nomes, esses já vão indo para as motos de suas respectivas auto-escolas. Vamos começar!
Adivinhem qual o primeiro nome q o individuo chamou?

-DIEGO SAMY FRANTZ

Ding ding ding ding. Um premio para quem disse que fui eu. ( O premio será você ter a oportunidade de ler esse texto até o fim! )Ótimo eu já estava uma pilha de nervos e fui logo o primeiro a ser chamado, menos mal que a moto da minha auto-escola era uma das ultimas, então sentei nela me acalmei um pouco e fui para a pista. Estava tudo indo bem até chegar no final dos cones. Putz errei o cone, pensei comigo, mas como sou Brasileiro e não desisto nunca (sempre quis usar esse bordão em um texto) aproveitei a largura enorme da pista de prova para ir até o fim dela e retornar consertando a besteira. Fiz a rampa certinho, e cheguei na parte de acelerar, primeira marcha, segunda, terceira, é bom não correr dentro do DETRAN os caras podem implicar. Reduzi, fiz a curva em u, retornei acelerando e pronto o teste acabou. Droga não ouvi o que o examinador falou, deixa eu ir falar com ele.

-Por favor, não consegui ouvir. Eu passei ou não?

-Passou, mas você acelerou muito pouco aqui na reta, tem de desenvolver mais as marchas na rua, OK?
Pode deixar, depois dessa sempre acelero bastante. E ainda me perguntam por que eu corro tanto.

Diego Frantz - Herr Pig 

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