terça-feira, 21 de outubro de 2008

Baila comigo?

Certa vez estava eu pilotando a minha Intruder para ir fazer uma prova domingo de manhã, que alegria. Para melhorar a situação o dia estava chuvoso, daquelas chuvinhas chatas e leves que dura o dia todo. Como já é de se imaginar a rua estava toda molhada, bem lisa.

Estava numa avenida em uma parte que era uma descida, vejo que o sinaleiro ficou vermelho para mim. Comecei a frenagem como sempre fazia, com o freio traseiro para daí entrar com o dianteiro, o problema é que a roda traseira travou e a moto começou a sair de lado, parei de usar o freio traseiro e comecei a tentar  retomar o controle da moto e da frenagem usando o dianteiro. Não é que agora a moto começou a sair de frente. Então começou uma valsa, parecia que eu havia chegado para a moto como se chega a uma dama e pedido:

-Baila comigo?

Comecei eu e a moto uma dança, TAM RAM TAM TAM, TAM... TAM TAM, TAM TAM... Eu puxava a moto pra um lado ela ia pro outro, daí mudava, eu pra cá e ela pra lá e tudo isso tentando frear pois o sinal a frente estava vermelho. Por que eu tinha basicamente três opções:

A kamikaze – Muito utilizada em trilhas, na duvida acelera.

A dolorida – Me jogar da moto e deixar ela cair, assim pelo menos não furaria o sinal e não me arriscaria a bater em um carro.

A valsa – Continuar a minha dança com a moto e tentar fazer ela parar

Claro que escolhi a valsa, afinal aquela morena da Trudi ( minha moto tá... ) estava me chamando para dançar. E foi um tal de sai de traseira, puxa pro lado, sai de dianteira, puxa pro lado, modula no freio, reduz no motor, vixi... Que sufoco!!!

No fim conseguir não cair e ainda parar a tempo, em cima da faixa de pedestres. E aprendi frear com mais calma na chuva. Começando com 60% na dianteira e 40% na traseira e progressivamente passando a frenagem para a dianteira até chegar a 80%. Bem diferente dos quase 100% de freio na traseira que tinha utilizado aquele dia.

Diego Frantz - Herr Pig

sábado, 18 de outubro de 2008

Jog deixa-nos na mão novamente

Estamos aqui para falar mais uma vez da Jog e da minha experiência em andar nela, ou melhor,  tentativa de andar nela... Estávamos querendo fazer aquela seção cinema padrão, pensamos vamos ao mercado comprar algo para comer e beber. Lá fomos Her Pig  e eu em sua Fazer e o Bode Loko na Jog. Na volta perguntaram se eu queria dirigir a Jog  fiquei meio assim, mas no fim acabei aceitando. Lá fui eu pilotá-la, já no começo olho a subida pra sair do estacionamento e penso:

“Essa coisa não vai subir isso nem a pau”

Resolvi acelerar com tudo, assim deve subir mais e chegar perto do topo, qualquer coisa é pouco pra empurrar. Não tinha reparado que no pé da subida tinha uma canaleta com uma grade para escoamento de água. Passei direto quase levei um pacote buuuniiittooo, nessas horas como é bom ter um amortecedor, que infelizmente aquela Jog não tem. Ahhhh droga!!

Estava andando bem até parar num sinaleiro e a moto morre, eu já pensei:

“iiiiiihhhh fudeu”

 Lá vou eu tentar ligá-la, incrivelmente ela pegou de prima. Fiquei tão feliz, mas como felicidade de pobre dura pouco (continue lendo que você irá descobrir por que). Aguardei o sinaleiro ficar verde e na hora de arrancar vi que a manopla do acelerador girou em falso e ela não saiu do lugar.  Fiquei com a leve impressão que o cabo do acelerador tinha arrebentado de novo, e não precisou de muito tempo para confirmar que a impressão tinha se tornado realidade. Eis que acabou a minha felicidade, falei que era por pouco tempo. Uma coisa me impressionou ninguém havia buzinado. Mas acho que foi pelo motivo de não ter nenhum carro parado atrás de mim... Fiquei com medo quando os carros passavam voando do meu lado e eu ali parado, esperando um espaço para ir para a calçada.

Nesse tempo os meus amigos retornaram para ver o que tinha ocorrido. Ainda bem que o Herr Pig estava presente, nosso S.O.S. 24hs fez uma gambi e voltou pilotando a Jog só puxando o cabo do acelerador e eu voltei de carona com o Bode Loko. Senti medo de volta, mas conseguimos chegar vivos e inteiros ao destino.

Observações finais:

Nem queria andar Jog mesmo.

 

André Calliari – Sgt. Xester

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

O terrível “Motocócus”


Descobri que tenho uma doença. Procurei vários médicos e foram unânimes:

-Você contraiu o terrível “Motocócus”

-Motocócus doutor? Você tem certeza?

-Sim!

-E tem cura?

-Não, mas tem como controlá-la

-Como?

-Altas doses de Mototerapia!

-Mototerapia?!?!

-Sim, viagens, trilhas, mesmo rodar no dia a dia para ir à padaria ou ir ao parque no domingo.

-Mais algo doutor?

-Você também pode se utilizar de materiais de leitura especializada, como revistas, blogs e fóruns. E assistir à programas na televisão sobre o assunto, como MotoGP, Super Bike, MotoCross e Motard.

-Doutor isso é castigo? Joguei pedra na cruz?

-É meu filho, infelizmente essas coisas acontecem.

Sai de lá cabisbaixo, e com um alerta feito pelo médico. O Motocócus e altamente contagiante, basta entrar em contato com o agente transmissor a terrível Aegys Motocicletus para ficar altamente contagiado.

Aqui fica meu alerta a todos, se não quiserem essa vida de passeios, viagem, sensação de liberdade, vento no rosto e muita diversão. FUJAM, FUJAM!!! E corram o mais rápido que puderem.


Diego Frantz - Herr Pig

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Cof cof cof, iiii acabou a gasolina... Parte 2, dica


Para aqueles que gostam de se aventurar e andar no mico do tanque de gasolina, aqui vai uma dica do que pode ser feito quando a moto te abandonar no meio da rua sem combustível.
Essa técnica exige um pouco de músculos ou senão pode acontecer algo terrível, derrubar a sua querida moto no chão. Por isso não recomendo fazer a mesma em motos muito pesadas

Antes de sair empurrando a moto, use essa dica.  


1º Passo

Verifique se realmente está sem gasolina e garanta que a torneira da moto esteja na posição da reserva. Se não estiver na posição RES, você merece um pedala, basta abrir a reserva e se direcionar para o posto mais próximo.

Verique a posição da torneira. 

2º Passo
De uma chacoalhada na moto para atestar se ainda tem um restinho de gasolina que fica normalmente no fundo do tanque.

Verifique o tanque.

3º Passo
Tombe a moto o máximo que sua força agüentar para o lado em que fica a torneira da moto, geralmente o esquerdo. Assim a cuba do carburador se enche de gasolina e garante, dependendo da moto, mais algumas quadras de autonomia. Muitas vezes o necessário para chegar até um posto.
Tombe a moto para o lado da torneira de gasolina.

Esse truque não funciona em motos com Injeção Eletrônica, pois como as mesmas são dotadas de bomba de gasolina, e garante que toda a gasolina do tanque seja aproveitada. Mas não é bom exagerar no pão-durismo, pois andar com pouca gasolina força a bomba que pode até queimar. Famoso barato que sai caro

Diego Frantz - Herr Pig 




Fotos por Diego Frantz



domingo, 12 de outubro de 2008

A dor de cabeça que virou enxaqueca...

Como pode uma moto que não tem nem um mês com o novo dono conseguir ter tantas histórias? Sim, estou me referindo a jog. Em um ultimo post a respeito, ela estava a espera da troca do cabo do acelerador.

No dia seguinte, pleno sabádo resolvo ir a loja sózinho ja meio cedo pra fazer a troca do cabo para que na tarde agente trocasse. Pego o carro vejo mais ou menos como chegar la no fim do mundo e vamos nessa. Andei, andei, andei... Fui pela BR achando que seria mais rapido, mas foi um inferno, congestionado, em obras, e ainda não achei a tal entrada para o Boqueirão, como foi tenso fui parar quase fora de Curitiba. Retornei numas favelas onde todos me olhavam: 
"Daqui você não sai vivo meu garoto" 
Mas sai pois adoro me aventurar. No fim, desesti de achar a loja e levei umas duas horas ou um pouco mais para retornar e ir na loja só segunda.

Segunda-feira como estava de garupa com o Samy, também conhecido como Herr Pig, chegamos tranquilamente afinal ele é o gps do grupo, voltamos instalamos o cabo e pensei agora sou uma pessoa feliz. Minha jog funciona e vou pra cima e pra baixo com ela.

É foi mais ou menos isso que aconteceu assim digamos, por uma semana quase. Já que no outro final de semana uma amiga duvido que fossemos na casa dela, então aparecemos por la, assim ela aprende a não duvidar dos Ravens. Na volta resolvemos fazer alguma, então eu na jog o Xester e o Samy na Intruder estavamos indo para o posto comprar comida e ver filmes comendo porcarias.

Estava la eu dando tudo na joguinha 60km/h, quando ela começa a pifar perto do estadual, e de la resolveu não ligar mais. Os dois voltaram pra ver o que houve e percebemos que não teria jeito,  a solução seria empurrar. Como a casa do Samy era a mais perto dali, fomos os 3 malucos empurrando 2 motos por um pouco mais de 3 Km que naquela madrugada pareciam 3 Km interminaveis. O divertido era ver o quanto eramos respeitados, quando as pessoas passavam pela gente abaixam a cabeça pensando: 
"Olha a turma de motoqueiros malvados roubando motos" 
Sim poderiamos ter roubado aquelas motos e ninguem falaria nada, pois estamos em Curitiba.

No fim chegamos ao destino, eu ja estava  pingando e quebrado e com vontade de joga-la no lixo, dormimos por la e no dia seguinte la vai ela de novo ao mecanico... Ela voltou parecendo perfeita, mas bom esta próxima história deixo para o Sgt Xester contar...


Chris Nowak - Bode Loko

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Cof cof cof, iiii acabou a gasolina...


Admito, já fiz a besteira de ficar na rua sem gasolina, mas também a moto me sacaneou e muito.

Estava saindo da aula olhei para o hodometro da moto que já estava na reserva faziam 25 km. Botei a cachola a funcionar e nos meus cálculos por baixo ainda tinha no mínimo 15 km de autonomia, afinal a reserva da moto era de 2 litros e ela estava fazendo sempre em torno de 20 km/l. Como era sexta e eu estava querendo guardar a grana pra sair mais tarde, vi que poderia levar a moto até em casa e que meu pai iria encher o tanque sem eu precisar desembolsar um tostão furado. Caraca, eu sou um gênio mesmo, iria ser um ótimo final de semana com aquele sol de rachar.Minha casa era próxima do local em que eu estava uns 5 km mais ou menos. Fui para casa andando tranqüilo curtido o estilo meio custom da Intruder, ai a moto começa cof cof, fico meio cabreiro e continuo afinal foi só um cof cof de nada, uma quadra a frente outro cof cof, até que faltando duas quadras para chegar a minha casa ela faz o temido cof cof cof e... gasp, morreu. 

Fiquei muito aborrecido afinal se aquilo era verdade meu consumo havia caído para 17km/l, não era possível eu ter feito um consumo tão alto, não me restou escolha a não ser empurrar a moto até em casa. Depois do almoço já com a grana liberado pelo veio fui até o posto da esquina empurrando novamente e pedi para completar, espera 10,3 litros de gasolina no tanque, mas fiquei impressionado ao ver só havia entrado um pouco mais de 9 litros. Safada sem vergonha, a reserva havia me roubado, QUASE UM LITRO, até que meus cálculos não estavam errados e nem a minha mão tão pesada.

Mas depois disso aprendi a não abusar tanto da reserva, agora entrou na reserva já procuro um posto de confiança para abastecer. Também aprendi um truque para rodar umas quadras extras quando acaba a gasolina, mas esse eu conto outro dia.

Diego Frantz - Herr Pig

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Bike vs Jog

Era uma bela tarde de sol, estava eu com a minha speed, bicicleta daquelas de corrida parecida com a Caloi 10 mas mais moderna. E fui encontrar com meu amigo da Jog no parque São Lourenço aqui em Curitiba. Ele tinha de ir ao centro da cidade e como estávamos numa região plana a aproximadamente 5 km do centro, propus a ele uma corrida amigável. Seria eu na minha bike contra ele na Jog.

Claro que ele topou sem hesitar afinal era propulsão a gasolina contra força humana. 5cv contra “Um cavalo”. Então sem mais delongas façam suas apostas...
É dada a largada, eu esperto que sou me aproveito de um semáforo e pulo rapidamente para o canto da contra mão começando a abrir distancia. Pedala, pedala, pedala... Consigo me manter acima de 35 km/h de velocidade no mostrador digital da bicicleta. Até que 3 km a frente em um sinaleiro começo a ouvir aquele som de motor 2 tempos com cambio CVT muito irritante, comecei a ficar apreensivo pois o movimento era muito e iria perder toda a vantagem por não poder furar aquele sinal. Abre o sinal e ele me passa sem muita dificuldade, mas conforme nos aproximamos do centro o trânsito mais pesado e a rua estreita começam a me ajudar, fiz uma ultrapassagem de vários carros pela esquerda dos mesmos, o que deve ter deixado alguns motoristas um pouco irritados afinal uma BICICLETA OS ESTAVA PASSANDO... Nessa ultrapassagem atingi quase 50 km/h e abri um pouco da Jog. Meu problema final ainda estava por vir, para chegar à linha de chegada teria de enfrentar uma subida. Furei o ultimo sinal e comecei a subida, olhei para traz e vi que meu amigo também tinha furado o semáforo, mas que safado...

Então dei tudo de mim num sprint final daqueles que se vê no Tour de France e por incríveis 3 segundos ganhei da Jog. Claro que ele chegou lá inteirinho e eu ofegante, precisei de uns 5 minutos para me recompor. No final rodei 4,45 km a uma média de 35,5 km/h com máxima de 48km/h e venci, afinal como todo péssimo perdedor adoro ganhar. Mas a pergunta que não quer calar:
O que é melhor feder a suor ou óleo 2 tempos?

Diego Frantz - Herr Pig



segunda-feira, 6 de outubro de 2008

A primeira moto de verdade a gente nunca esquece.

Então galera....pela primeira vez postando com exclusividade aqui no blog, pra quem não sabe sou o maluco do video da jog e também o maluco que a comprou. Para minha felicidade uma jog que só me causou dores essas dores duraram menos de 2 meses.

Pq hoje, sim exatamente hj depois de muita enrolação de negações de chantagens para não se ter uma moto eu finalmente adquiri a minha Yes 125 conhecida como Yasmin. Sabe quando vc fica em um estado pensando é verdade mesmo? Eu estou realmente com esta moto? É nesse estado que estou no momento e pensanso sim estou com ela e agora =O ninguem aqui ainda sabe de sua existencia sera que vão querer mata-la - Nãããããããããããããããoooooooooooooo - mas no fim acho que ela sera recebida de braços abertos ou não, pois afinal agora não dependo mais daquele meio de transporte de suvacos fedidos, tias gordas, as vezes tinha umas gatinhas mas enfim.

Daqui a pouco pretendo dar mais umas voltas com ela pois andar com ela no centro em hora de rush é estressante ainda bem que moto faz o seu bom trabalho no transito. Só de pensar que a partir de hoje tenho realmente minha liberdade sobre duas rodas, e o melhor saber que chegarei aos lugares sem estar empurrando, pedalando, e o pioorrr defumado com oléo de motos 2 tempos o/ maravilha.

Bom logo vou publicar algumas fotos da Yasmin para darem uma olhada como ela é linda ^^ apesar de sair da concessionaria com seus la desregulamentos ela esta perfeita e espero que eu e ela rodemos juntos por bons anos.

Chris Nowak - Bode Loko

 



sábado, 4 de outubro de 2008

Freestyle

Geeeeeenteeeeeee... fiquei bobo!!! Sempre acompanhei os x-fighters e sempre achei legal o freestyle. Mas um dia desses tive a oportunidade de ver a equipe do Negretti se apresentado aqui em Curitiba. E ao vivo a coisa é diferente, a emoção, é muita adrenalina. Da até vontade de aprender a fazer aquilo, pois vendo esses caras percebo que quase não sei andar de moto. Vejam ai...



Diego Frantz - Herr Pig 

O que a raiva não faz.

Eu já contei da Jog do meu amigo aqui anteriormente, o que não contei foi que ultimamente ela ando aprontando  novamente, e dessa vez foi a gota d'agua. Agora começou o projeto Jog destruição total, futuramente novos capítulos da novela.




Diego Frantz - Herr Pig

Ride With Me


Então pessoal, para aquelas pessoas que se interessaram no espírito de liberdade da moto, e queriam saber como que é andar de moto. Aqui vai uma palhinha, um vídeo com camera on-board que fiz em minha moto. Eu sei que não é a mesma coisa, mas para começar está bom.



Diego Frantz - Herr Pig 

Liberdade

Muitas pessoas não conseguem compreender a paixão que nós malucos... quer dizer motociclistas temos por nossas motos. É algo que vai alem do entendimento de alguém que nunca andou de moto, tanto isso é verdade que quando questionado sobre o perigo da motocicleta sempre retruco:

- Você já andou de moto, já pilotou uma moto?
A resposta sempre vem baixinha, em tom de sussurro no inicio mas com uma forte ênfase no final:

- Veja bem... é, não... mas já andei na garupa de um conhecido da prima do amigo do meu vizinho!

Eu já desisti de tentar argumentar com esse tipo de gente, atualmente só falo que moto é realmente muito perigoso simplesmente para deixar a pessoa feliz, claro que no fim digo que é simplesmente uma das melhores coisas que existem, mas pra quem tem prudência.

Mas para aqueles que querem entender, é uma união de liberdade, com paixão e sensação de poder. Sentir o vento no rosto, estar em contato com a estrada. Muitos não sabem, pois estão sempre dentro de suas conchas com ar-condicionado, mas as estradas, os lugares têm cheiros específicos. Ver o chão próximo de você numa curva, às vezes sentir ele próximo demais que chega a doer na pele. Tomar aquela chuva que faria o dilúvio de Noé parecer uma garoa, mas bater no peito e dizer:

- Não tenho medo de chuva, não sou de açúcar. Sou motociclista!

E continuar a rodar de moto mesmo debaixo de chuva. Liberdade é pegar a moto e cair na estrada, conhecer lugares novos, revisitar lugares há muito conhecido, ou simplesmente usar a desculpa:
- Saí para comprar pão e quando vi já estava na cidade vizinha a 100 km de distancia. Mas vou te contar. Que pão maravilhoso que fazem naquela padaria!!! E o cafezinho, vixiiii nem se fala.Essas loucuras só quem anda de moto entende.

Foto: São Luiz do Purunã - PR  by Diego Frantz

Diego Frantz - Herr Pig

Pura dor de cabeça.

Eu tenho um amigo que gostou muito de motocicletas a partir do momento em que o apresentei ao mundo das duas rodas. Esse amigo já quase tentou afogar a minha Intruder 250cc ( literalmente ), mas isso é outra historia para outro momento. O problema é que devido ao baixo orçamento e outras “coisitas” mais ele não pode financiar a YES que queria comprar e como ele não é muito santo para juntar dinheiro resolveu compra algo mais... Como poderia dizer, de baixo custo.

Falei para ele:

- Compre uma cg 125 antiga, elas tem fácil manutenção e peças baratas.

Mas na falta de uma cg barata em Curitiba, ele foi logo comprar uma Jog da Sundown, claro que disse para ele que aquilo era pura dor de cabeça, mas ele não me acreditou. Digamos assim ele já gastou metade do preço da moto em manutenção e ela ainda não está 100%, a moto já deixou ele na mão 2 vezes, sempre com problemas no cabo do acelerador.

Agora nessa ultima vez a moto estragou perto da casa de um amigo nosso, deixamos ela na frente da casa dele e o avisamos após por MSN, ele ficou de cuidar. Quando fomos buscá-la  descobrimos que estava com o vizinho e que ele não tinha avisado nada, ainda bem que o visinho dele é boa gente e guardou a scooter. Foi até atrás da documentação dela para tentar achar o dono, mas como meu amigo ainda não fez a transferência ele nada achou. Após percorrer meia cidade atrás do cabo do acelerador da moto, descobrimos que compramos o cabo errado ( Ô maravilha!!! ). Para não deixar a moto lá abandonada de novo, fiz um coxambre no cabo do acelerador e fiquei puxando ele com a mão esquerda (santa sabedoria Batman!!!) .Então fui da casa desse amigo até a minha andando por vias secundarias e acelerando direto no cabo, pilotando a Jog com uma só mão. Claro que  eu estava com o cú na mão (perdoem me o vocabulário mas achei que o termo era o que melhor expressava o sentimento), pois como vocês já sabem aquela feiosa da Murphy me adora e sempre que pode dá um jeitinho de aparecer para me atormentar, vai que bem hoje aparece uma blitz na minha frente e eu com aquela moto caindo aos pedaços. Toda vez que precisava atravessar uma rua movimentada era mais seguro descer da Jog e empurrá-la na mão, a moto morreu no minimo umas 5 vezes.

No fim consegui chegar em casa, mas com mais uma história para contar. Agora a motinho está aqui em casa a espera de um cabo de acelerador novo, outra coisa nova que ela procura é um dono. Alguém se habilita? 

Diego Frantz - Herr Pig

Será que vai?


Conversando com um amigo, acabei por me lembrar do dia em que tirei a minha carteira de habilitação para moto. O dia começou lindo, típico dia de inverno em Curitiba, céu de brigadeiro, um lindo dia daqueles que parece que tudo vai dar certo. O meu instrutor havia me dito para aparecer lá pelas onze horas na auto-escola para dar uma ultima volta de moto antes do teste. Até ai tudo ótimo, estava traquilão afinal o que mais reprova nesse exame é o nervosismo. Cheguei na auto-escola antes das onze, bati uma papo com o pessoal, tudo as mil maravilhas.

Papo vem papo vai e nada da moto que eu iria fazer o teste ficar pronta para eu poder dar uma volta nela, comecei a ficar meio apreensivo afinal o teste era às treze horas no DETRAN que fica meio afastado daquela região da cidade. Fui conversar com o instrutor e ele me acalmou, pois eu iria de carona com o cara que leva as motos para o teste na picape. Até que descobri que já tinha um mala que iria no lugar que era para ser meu. E o pior, o teste dele era só às três da tarde. Já fiquei indignado, meio nervosinho sabe como é, pavio curto. Quando era meio dia e meia consegui a moto para dar uma volta na pista, dei uma volta não errei nada. Mas isso não mudava o fato que eu

 tinha somente um pouco menos de trinta minutos para chegar ao local da prova e de ônibus. Corri para o terminal e lá estava ele, peguei-o por um triz. Consegui chegar no DETRAN em cima da hora, mas já estava um pouco nervoso. Ouvi a explicação do examinador e fui para fila de espera. De repente ele fala:
-Vou chamar aleatoriamente alguns nomes, esses já vão indo para as motos de suas respectivas auto-escolas. Vamos começar!
Adivinhem qual o primeiro nome q o individuo chamou?

-DIEGO SAMY FRANTZ

Ding ding ding ding. Um premio para quem disse que fui eu. ( O premio será você ter a oportunidade de ler esse texto até o fim! )Ótimo eu já estava uma pilha de nervos e fui logo o primeiro a ser chamado, menos mal que a moto da minha auto-escola era uma das ultimas, então sentei nela me acalmei um pouco e fui para a pista. Estava tudo indo bem até chegar no final dos cones. Putz errei o cone, pensei comigo, mas como sou Brasileiro e não desisto nunca (sempre quis usar esse bordão em um texto) aproveitei a largura enorme da pista de prova para ir até o fim dela e retornar consertando a besteira. Fiz a rampa certinho, e cheguei na parte de acelerar, primeira marcha, segunda, terceira, é bom não correr dentro do DETRAN os caras podem implicar. Reduzi, fiz a curva em u, retornei acelerando e pronto o teste acabou. Droga não ouvi o que o examinador falou, deixa eu ir falar com ele.

-Por favor, não consegui ouvir. Eu passei ou não?

-Passou, mas você acelerou muito pouco aqui na reta, tem de desenvolver mais as marchas na rua, OK?
Pode deixar, depois dessa sempre acelero bastante. E ainda me perguntam por que eu corro tanto.

Diego Frantz - Herr Pig 

Irritado, eu???


Pois é, infelizmente eu sou uma pessoa que tem um pavio muito curto. Atualmente eu tento me controlar melhor, principalmente quando o assunto é transito. Mas essa irritabilidade já me rendeu algumas histórias um tanto quanto engraçadas.

Era uma bela tarde de sol de sexta feira, nada para fazer e as motos estavam sujas. Então resolvi lavar-las, com todo amor e carinho de um dono quase flanelinha, daqueles que fica horas a fio cuidando dos brinquedinhos, e dei um trato nas motocas. Agora as motos estavam limpas e aquela Lady Murphy feiosa resolveu tirar folga e não apareceu, pois sabe como é, basta lavar a moto para que caia um dilúvio bíblico, em que se possa até ver Noé e sua arca. Peguei a Intruder 250cc e sai para dar uma volta no parque, quando estou lá sou ultrapassado por um boy em um Audi A3. Provavelmente tinha pego o carro do pai para impressionar a loirinha que estava ao seu lado. E convenhamos, a loirinha era lindinha. Vi que o carro era um 1.8 simples e que a minha moto 250cc acompanharia ele sem problemas. Fui atrás dele brincando, onde ele passava eu ia atrás, até que chegou um ponto na estradinha em que ele não conseguiria passar, mas eu de moto sim. Sinalizei e fui ultrapassá-lo, não é que o “muleque”, como diria o Capitão Nascimento, fingiu que joga o carro para cima de mim. Levei um baita susto quase cai da moto buzinei como um louco e xinguei-o até a quarta geração da família do “muleque”. Esse é o ponto em que eu deveria ter parado, mas não foi o que efetivamente aconteceu. Já estava indo embora pela estradinha quando me ocorreu:

- Espera ai, eu sou o motoqueiro malvado. Eu sou o vilão da história, que come criancinhas no café da manha. Risadas de vilão de filme do 007.

Eu sei que exagerei, mas deixe quieto. Então com toda a minha sabedoria, parei a moto numa curva logo após uma lombada, fiquei de braços cruzados esperando o casal, só para dar um susto mesmo. Quando o espertão me avistou, ele reduziu e muito a velocidade, contornou a curva, a loirinha me olhava com uma cara assustada, e eu arranquei atrás dele. Nesse exato momento ele sai da via principal e entra numa rua secundaria com muito medo. Como eu conhecia a região peguei outra rua na qual eu sabia que iria encontrar o figura novamente. Dito e feito lá estava ele, dei uma buzinadinha e acenei para ele dando tchau tchau, ele me respondeu com outro aceno, mas consegui ver qu

e ele estava branco como se tive-se visto um fantasma, achando que o motoqueiro do filme do Mad Max iria acabar com a vida dele. Para minha sorte e dele, nenhum dos dois eram psicopatas, mas nessa loucura das grandes cidades, nuca se sabe quando vamos esbarrar com o Hannibal em pessoa. 

Diego Frantz - Herr Pig 

Oi chão, como vai você?

Dizem as más línguas que os motociclistas estão classificados em dois tipos:

 

1º Os que já caíram.
2º Os que vão cair.

Eu me encaixo no 1º tipo. Tudo aconteceu em meados de 2005, eu tinha no máximo uns 3 meses de carteira de motorista e como todo
 bom aprendiz na arte de fazer besteira já estava me achando o Valentino Rossi.

 A aula tinha recém acabado começava uma típica chuva curitibana daquelas que deixa até monge tibetano irritado. Eu como esperto que sou ainda não tinha comprado capa de chuva, achava que não precisava, que era só não sair de moto na chuva, e me esqueci que em Curitiba a chuva sempre te pega de surpresa. Como não queria me molhar resolvi ir rápido para casa, viu como sou um cara esperto, mal sabia eu que o 1º momento da chuva é o pior. Sim é o pior, pois a rua ainda não está limpa então forma uma farofinha de sujeira na pista que a deixa lisa como um sabão. Então quando estava terminando de contornar uma curva no centro cívico conheci o chão. Foi algo de supetão a moto simplesmente saiu por debaixo de mim, bati com a cabeça de lado no chão e sai rolando atrás da moto. Admito q foi umas das cenas mais legais que já vi, em minha mente ficou uma imagem digna de filmes de Hollywood, vendo do ângulo mais baixo o possível, a moto na minha frente com o manete d

e freio e o pedal de freio raspando no chão saindo faíscas. Acho até que merecia o Oscar de melhor fotografia, mas não vem ao caso agora. Logo me levantei e pulei pra calçada tirando o capacete e respirando super ofegante, carros pararam para saber se eu estava bem e felizmente estava tudo no seu devido lugar. 

Levantei a moto sacudi a poeira e fui pra casa fazendo parte da estatística. Resultado da brincadeira foi que perdi uma calça Lee novinha, que droga, e fiquei com um baita ralado no joelho. Como estava todo equipado com jaqueta, capacete, luvas, tênis e calça nada mais grave aconteceu. Mas para mim ficou a lição, quando você perde o medo de algo coisas ruins podem e vão acontecer. Afinal aquela senhora da propaganda da Ford, a tal de Lady Murphy adora aparecer por ai, e convenhamos ela feia pra burro e dela eu quero distancia


Diego Frantz - Herr Pig